sexta-feira, janeiro 19, 2007

thétys



é noite e nela tudo se dilui
não vemos os gigantes nem os abismos
e até a sombra é apagada pelas trevas
e o medo é um peixe viscoso
(...)
a noite é um mar negro
e eu um filho bastardo de thétys
incestuosamente gerado
com aquele riacho breve caudaloso
e gelado da montanha branca