sem ti
um sino que ecoa um som
um pássaro que voa um adejo
uma árvore que cresce uma seiva
um rio que corre uma vida
num espaço vazio sem ti
num tempo vazio de ti
reordeno memórias hábitos
e o sino plangente chora
e o pássaro atordoado cai
e a árvore estremunhada seca
e o rio represo pára
como eu sem ti parei
não ocupo só espaço e tempo
sem ti espaço e tempo
não têm sentido nem viver
sem ti não há espaço nem há tempo
não há razão de viver.
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