domingo, fevereiro 18, 2007

sem ti



um sino que ecoa um som


um pássaro que voa um adejo


uma árvore que cresce uma seiva


um rio que corre uma vida





num espaço vazio sem ti


num tempo vazio de ti


reordeno memórias hábitos


e o sino plangente chora


e o pássaro atordoado cai


e a árvore estremunhada seca


e o rio represo pára





como eu sem ti parei



não ocupo espaço e tempo


sem ti espaço e tempo


não têm sentido nem viver


sem ti não há espaço nem há tempo


não há razão de viver.