presa nos meus olhos
A noite é imensa pelo vazio que nela realça o tamanho de tudo.
O verdadeiro volume do mundo. Porque vazio. É de gigante, de Golias.
Ninguém, agora que o Mundo esvaziou, é obstáculo no caminho do olhar até ao horizonte. Ninguém embate no nosso campo de visão,ninguém estorva, tudo dorme. Horizontalmente. Paralelos ao chão. Com os pés fora dele, para poder sonhar.
A esta hora intui.-se, no vazio rente ao chão, o quanto temos de peregrinar até à linha imaginária que separa, mas não divide, o Céu da Terra. Sente-se quantas casas e quantas vidas com nome e documentos, entretanto (entre nós e o fim da linha que vemos) fazem o seu papel, vivem-se e vivem o mundo na ignorância de nós. Nossas incógnitas pessoais, despercebidas.
E, assim, cai em mim. A noite imensa, esparsa, presa nos meus olhos. À espera que eu - também - tire os pés do chão.
O verdadeiro volume do mundo. Porque vazio. É de gigante, de Golias.
Ninguém, agora que o Mundo esvaziou, é obstáculo no caminho do olhar até ao horizonte. Ninguém embate no nosso campo de visão,ninguém estorva, tudo dorme. Horizontalmente. Paralelos ao chão. Com os pés fora dele, para poder sonhar.
A esta hora intui.-se, no vazio rente ao chão, o quanto temos de peregrinar até à linha imaginária que separa, mas não divide, o Céu da Terra. Sente-se quantas casas e quantas vidas com nome e documentos, entretanto (entre nós e o fim da linha que vemos) fazem o seu papel, vivem-se e vivem o mundo na ignorância de nós. Nossas incógnitas pessoais, despercebidas.
E, assim, cai em mim. A noite imensa, esparsa, presa nos meus olhos. À espera que eu - também - tire os pés do chão.
Kiki Bretã.
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