sexta-feira, novembro 23, 2007

Jorge de Sena, in Peregrinatio ad Loca Infecta

Amor, amor, amor, como não amam
os que de amor o amor de amar não sabem,
como não amam se de amor não pensam
os que de amar o amor de amar não gozam.
Amor, amor, nenhum amor, nenhum
em vez do sempre amar que o gesto prende
o olhar do corpo que perpassa amante
e não será de amor se outro não for
que novamente passe como amor que é novo.
(...)
Amor, amor, amor, como não amam
os que de amar o amor de amar o amor não amam.