domingo, dezembro 16, 2007

1º Aniversário

Não vou começar este post por vos pedir desculpa pelo bonecro, tão pouco imaginativo e tão cliché.
Não vos vou pedir desculpa, aliás, por nada.
Este blog prosseguiu durante um ano inteiro a uma média de 3 posts dias; posts de texto, de bonecro e texto, só de bonecro ou de fotografia.
Não tenho o mau hábito de me reler, mas se o fizesse depararia com uma escrita diarística (na sua plural forma), feita das vicissitudes do tempo e de mim.
Neste novo género quase autobiográfico, vamos tecendo uma estreita teia com companheiros, aqueles que nos visitam e deixam palavra e aqueles que nós visitamos e com quem falamos.
Não sei se chegam a uma dezena... e há os outros, os que vêm em zapping borboleteando argonauticamente, alguns dos pontos mais inusitados da aldeia global, e os que vêm (e nós sabê-mo-lo com ternura) e nunca deixam um comentário, mas deixam de outro modo impresso o dígito da passagem.
Escrevo em primeira instância, por mim e para mim, egoísta como sou, depois, para todos vós, conhecidos e desconhecidos, pendularmente, de acordo com a verdade e ficção da luz/sombra dos dias. Dos meus dias.
Por isso, também, e porque aqui não se faz análise política nem social, a subjectividade positiva ou negativa de cada escrito, decorre da falta de objectividade da nossa individualidade face ao real que nos circunscreve, e é sempre, inevitavelmente, a escrita da nossa circunstância.
Há dias em que me apetece parar, outros continuar.
Há dias em que tenho de me regrar para não escrever compulsivas páginas.
Há dias em que não consigo sequer ligar o pc.
O brevitas veio na sequência do camerobscura que, num momento muito emotivamente irracional, apaguei.
Perdi, irreversivelmente, centenas de textos e de imagens.
Fiz mal.
Mas a vida não é feita, também, destas insanes incongruências?
Hoje, é domingo, 16 de dezembro.
A partir de uma certa altura percebi que com um algum cálculo e contenção, faria os 365 dias com 1000 posts.
Aqui estão.
Tenho por hábito, de há muito velho, atingir sempre os objectivos a que me proponho, nem que não seja, após porfiada pugna, para lhes virar costas no dia seguinte.
O dia seguinte do brevitas, será, pois, (passe a gastronómica e frugal analogia) o que decorrer do incógnito caldo beirão do desejo, do cozido da competência, seguido do doce conventual da apetência.
Abstémio como sou, acompanhará com água e uma cevada final.
Bom proveito.