domingo, janeiro 13, 2008

uma felicidade

(...) "depois dos 40, quando a cor começa a desaparecer do mundo, ou nos retiramos ou nos reinventamos. Os prazeres já não vêm ter connosco, mas podemos escolhê-los se conseguirmos aprender a procurá-los."
Hanif Kureishi, O Corpo, Teorema, 2002.
ps:
A. Gomes não me canso de ouvir o cd que fizeste o favor de me arranjar, LAMBARENA, e de pensar, deliciado, como o primitivo é matriz de toda a requintada e sofisticada composição e de como os ancestrais sons de Á frica se interpenetram e completam e complementam com violinos, violoncelos, coros barrocos et all ... e que até um fundo de floresta numa noite esquecida corrida a vento de tantan pode ser O som essencial dos primórdios, transformado em puríssima melodia, recitativo de aves e chamãs e rematado, d'un coup, por um correr intranquilo de piano desafiado por um batuque atrevido de toada hipnótica. Esta alternância, da natureza com o fasto de 18, ricocheteia inquietante no córtex...!