Os gavetões da memória - texto inédito de Nava.
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Arrumando gavetões cheios de velhas epístolas (ainda não havia e-mail!!), entre muitas centenas, descobri algumas assaz interessantes. Como esta, do poeta Luís Miguel Nava, datada de 27 de Dezembro de 1973, que me é dirigida, acerca de uma bizantina polémica de finalistas do Liceu Nacional de Viseu, onde éramos alunos, companheiros e colegas de turma.
Arrumando gavetões cheios de velhas epístolas (ainda não havia e-mail!!), entre muitas centenas, descobri algumas assaz interessantes. Como esta, do poeta Luís Miguel Nava, datada de 27 de Dezembro de 1973, que me é dirigida, acerca de uma bizantina polémica de finalistas do Liceu Nacional de Viseu, onde éramos alunos, companheiros e colegas de turma.
Nota: O papel de carta é de luto, por falecimento recente de sua mãe, a Senhora Dra. Ausenda de Oliveira, que foi distinta professora de francês.
Fernando Pinto do Amaral e Gastão Cruz.
Deixo aqui, com a devida vénia aos autores (dois grandes poetas contemporâneos), esta nota acerca do Luís.
"Luís Miguel de Oliveira Perry Nava nasceu a 29 de Setembro de 1957 em Viseu, cidade onde frequentou a Escola Primária. Após uma breve passagem pelo Colégio dos Carvalhos (1965/67), regressa a Viseu, aí concluindo o Ensino Secundário em 1974. No ano seguinte, vem para Lisboa e inscreve-se no curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras. Após terminar a licenciatura (1980), frequenta o mestrado de Literatura Francesa (l980/82), começa a colaborar regularmente como crítico literário em jornais e revistas (Colóquio-Letras, J.L., etc.) e exerce as funções de assistente do Departamento de Literaturas Românicas entre 1981 e 1983, data em que parte para Oxford, em cuja universidade permanece durante três anos como Leitor de Português. Desde 1986 passa a residir em Bruxelas, onde desempenha o cargo de tradutor do Conselho das Comunidades Europeias. A partir dessa data passa a viajar cada vez mais, sobretudo pela Europa, Norte de África, México e um pouco por todo o mundo. Brutalmente assassinado em Maio de 1995 no seu apartamento de Bruxelas, o poeta deixou inéditos alguns textos narrativos (a publicar brevemente) e instituiu por testamento a Fundação Luís Miguel Nava, que desde 1997 publica a revista Relâmpago e atribui um prémio anual de poesia. Além de três livros de ensaio – O Pão a Culpa a Escrita (IN/CM, 1982), A Poesia de Francisco Rodrigues Lobo (Ed. Comunicação, 1985) e O Essencial sobre Eugénio de Andrade (IN/CM, 1987) –, Luis Miguel Nava organizou ainda uma Antologia de Poesia Portuguesa – 1960/1990, editada em 1991 em português e em francês, por ocasião da Europália (Bruxelas). Publicou os seguintes livros de poesia: Películas (Moraes, 1979, Prémio de Revelação da A.P.E.); A Inércia da Deserção (& etc., 1981); Como Alguém Disse (Contexto, 1982); Rebentação (& etc., 1984); Poemas (reedição conjunta dos livros anteriores, Limiar, 1987); O Céu Sob as Entranhas (Limiar, 1989) e Vulcão (Quetzal, 1994). Este último livro está também publicado em francês (Volcan, tradução de Marie-Claire Vromans, Paris, Ed. Eulina Carvalho, 2000)."
Fernando Pinto do Amaral e Gastão Cruz.
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