domingo, setembro 21, 2008

rainday


Um regougar lento, áspero, ladino, rouquido de erguer cobertas e fintar sonos da calentura da noite, arranhou a alvorada estremecida em seu torpor.
O céu, de abrupto acordado, numa ira estremunhada, respondeu com água grossa, rufando nos telhados e na terra seca hino de pugna.
Aos poucos, a dual cadência, num embalo inda junto à emersão do pouso, onde o corpo ajeitado se emalha, de atalaia ergueu sentidos e o pensamento, na voz dada à consciência constatou:
Mais um Domingo de merda pela frente!