20 de Julho de 1928
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Aquilino Ribeiro foi um feroz opositor à Ditadura Militar de 1926-1933.
Instalado na vida, como Bibliotecário na Bª Nac., já escritor de mérito reconhecido, implica-se na intentona de 7 de Fevereiro de 1927 contra o Estado Novo. Ludibriando os perseguidores almeja o 2º exílio em Paris.
Neste ano falece sua primeira esposa Grete e seu grande amigo e editor, Aillaud.
De novo em Portugal, e em 1928, é preso em Contenças, Mangualde, implicado na rebelião do Regimento de Pinhel. Encarcerado no Presídio do Fontelo, Viseu, evade-se com o dr. Gomes Mota a 15 de Agosto, refugiando-se de novo em Paris (3º exílio).
Décadas mais tarde, Aquilino Ribeiro, apoia a candidatura de Norton de Matos, depois a de Humberto Delgado. Sempre ao lado dos oprimidos, o percurso de vida deste Homem, é exemplar na sua tenacidade, solidariedade e inconformismo.
Em 1958, aquando da publicação da sua obra Quando os Lobos Uivam, vê-se de novo a braços com os esbirros do regime salazarista, tendo sido detido pela PIDE e arrastado num longo processo quase até fim da vida.
Beirão da mais rija têmpera, deu os seus primeiros passos como anarquista em 1907, aos 22 anos; republicano que ajuda a derrubar a monarquia, em 1908; e opositor ao regime fascista até ao ano de sua morte, a 27 de Maio de 1963.
Deixo aqui docº do procº de detenção, em 1928, integrante dum longo tomo de mais de quatro centenas de páginas.
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