sábado, dezembro 16, 2006

pégaso


no pégaso de lazão tão fulvo galopas todo o vale

acamada pela erva brava dos lenteiros
a nudez indómita à natureza atónita rasga o ar

queda e pasma tentilhões e freme músculos alados

crinas de fogo no cabelo ruivo prolongadas
hasteiam na cauda chicotes de desdém

nada vês tudo se arreda lesto e no primo abismo cais

grácil arqueada em rubro laivo
com o infinito em colisão final