pégaso
no pégaso de lazão tão fulvo galopas todo o vale
acamada pela erva brava dos lenteiros
a nudez indómita à natureza atónita rasga o ar
queda e pasma tentilhões e freme músculos alados
crinas de fogo no cabelo ruivo prolongadas
hasteiam na cauda chicotes de desdém
nada vês tudo se arreda lesto e no primo abismo cais
grácil arqueada em rubro laivo
com o infinito em colisão final
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