1ª resposta ao desafio - da Maria José Quintela
"E quem levará para a outra margem
o Amor em seus dentes apertado?"
o Amor em seus dentes apertado?"
-N. László-
"estou algures entre a solidão e o amor. um eco de vozes entrecortado por pensamentos anónimos estaca na encruzilhada de uma luz intermitente. penumbra dançante defronte dos meus olhos ofuscados. a projecção da minha sombra é um fruto maduro inanimado. caminho pelo tacto da luz. em sinuosos trajectos desviantes. encostada ao lado quente. é inútil estender o corpo ao sol. a noite arrefece a pele. fatigante percurso povoado de expectativas goradas na utópica meta.
ensina-me palavras que não se gastem nos ouvidos. milagrosas sementes que o vento não arraste. que fertilizem poemas sem rima no avesso da pele. em terra mágica isenta de pousio.
sussurra-me o inominável lugar onde o amor sobrevive às estações. prometo gritá-lo aos quatro ventos.
leva-me ao cais onde o amor embarca num rio sem foz. tenho as malas prontas. e já me despedi dos gestos fúteis."
ensina-me palavras que não se gastem nos ouvidos. milagrosas sementes que o vento não arraste. que fertilizem poemas sem rima no avesso da pele. em terra mágica isenta de pousio.
sussurra-me o inominável lugar onde o amor sobrevive às estações. prometo gritá-lo aos quatro ventos.
leva-me ao cais onde o amor embarca num rio sem foz. tenho as malas prontas. e já me despedi dos gestos fúteis."
Maria José Quintela
dolugardemim.blogspot.com
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