"cante quinto", Francisco Palma Dias, Guim. Edit., 81
...haustas montanhas sossegadas onde enrolado em leite o sol renasce
com templos de colmo e castelos de Espanha nos cabelos
salgada espera
hispérido futuro eis a tua canga e o jugo dos teus bois.
Hortos de laranja
e uma mesa sóbria debruada a esteva
vinhos coruscantes
e grão a grão o granito dá azeite.
Ocres
rendas de bilro e de amêndoa, oiro
na voz grave em filigrana
e mãos que escalpam um deus que se derrama e se incorpora
a taliscas de pão, a estiva com broas pela popa e pela proa
Docemente
torres de canela onde a besta se esgana, claro assento
eis o menino, o vasto
murmurando do largo
um só apêlo luze
perpassa na reixa
o puro anseio orando
cruzeiro do sul e de sempre
dentro do teu centro eu me nutro e expando
e vejo
e escuto
e escrevo apenas porque canto.
com templos de colmo e castelos de Espanha nos cabelos
salgada espera
hispérido futuro eis a tua canga e o jugo dos teus bois.
Hortos de laranja
e uma mesa sóbria debruada a esteva
vinhos coruscantes
e grão a grão o granito dá azeite.
Ocres
rendas de bilro e de amêndoa, oiro
na voz grave em filigrana
e mãos que escalpam um deus que se derrama e se incorpora
a taliscas de pão, a estiva com broas pela popa e pela proa
Docemente
torres de canela onde a besta se esgana, claro assento
eis o menino, o vasto
murmurando do largo
um só apêlo luze
perpassa na reixa
o puro anseio orando
cruzeiro do sul e de sempre
dentro do teu centro eu me nutro e expando
e vejo
e escuto
e escrevo apenas porque canto.
(para ti que sabes que é para ti)
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