sexta-feira, junho 22, 2007

limiar dos pássaros


Há um bosque casualmente nesta mão
há um homem neste poema e envelhece.
(...)
Agora que regresso à evidência da cal
dai-me um pouco de água para a festa do sol
sobre os lábios
(...)
Amanhã saberei em que regaço
as palavras se dispõem a dormir.
(...)
Na boca outras manhãs hesitam em arder.
(...)
Que dunas foram nossas naves altas?
(...)
eugénio de andrade