Atenção, Velinhas....

Chegou esta semana aos escaparates o último livro de Sándor Márai, A mulher certa.

Das edições Dom Quixote, tradução do húngaro de Ernesto Rodrigues, num enredo espraiado por 418 páginas, relata-nos a três vozes a mesma história: de uma mulher que conta a uma amiga como descobre o adultério do marido; do marido que conta a um amigo como abandona a sua mulher por outra; de uma mulher que conta ao amante como casou com um homem rico para virar costas à miséria.

No espaço de Budapeste e Roma, pelo fim da década de 70, Marika, Péter e Judit, os protagonistas, narram o seu vazio afectivo e a sua improfícua busca da felicidade.

Quem se deliciou com As velas ardem até ao fim e A herança de Eszter, tem aqui uma excelente hipótese de retomar Márai.

Nota final: cuidado e bem conseguido o aspecto gráfico, com uma capa apelativa.