sábado, dezembro 08, 2007

Argos

Por carreirais de Barrelas, penitente o peregrino, ergue poeiras dos caminhos, entre agrestes lapas longas, ásperas urzes e feno bravio...
O Argos, cão de Ulisses, cão de Aquilino, o meu cão, metáfora de uma fidelidade longa, e demais intrínsecas qualidades, há muito arredias da tribo humana.
De bordão na boca, persistente e porfiado, cauda hasteada em sinal de boa e feliz ventura, aí vai ele, atrás do dono, sem cansaço nem fadiga, esperando em troca um afago mais caloroso. São assim os cães... são assim.