o sopro de Deus...
"Para expulsar os maus espíritos dum corpo enfermo, um feiticeiro zulu soprava no ouvido do paciente. Deus soprou na boca de Adão para lhe dar vida; e com isso deu-lhe a palavra, elemento dinâmico por natureza. Devemos amar a língua comum como sendo parte da disciplina da sobrevivência. A psique do indivíduo está longe de estar unificada. Daí os seus conflitos e o descontrolo das suas emoções. O homem é possuído por diversas almas, e a alma da jungle domina sobre as outras. A língua tenta reunir os fragmentos de todas as almas e libertar o homem para uma alma pura, duma beleza que só a beleza dos nossos sonhos consegue fazer adivinhar."
Bessa-Luís, A., Contemplação Carinhosa da Angústia, Guimarães Editores, Lda., 2000.
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