semper et ubique
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Para quem muito aprecia AR, qualquer obra é estimável. Mai-lo sendo uma 1ª edição. E quando vem autografada...
E é esta a senda que vamos percorrendo em cada dia. Primeiro, ter a obra integral, nas suas sete dezenas de volumes; depois ir substituindo edições mais recentes por mais antigas, até chegar à 1ª; depois passar às três dezenas de obras alheias generosamente prefaciadas por ele; ter alguns das centenas de artigos publicados em diversos jornais e revistas portuguesas e estrangeiras; finalmente, começar a titânica proeza de congregar toda a bibliografia passiva do autor. Aqui chegados voltamos ao início para adquirir, por exemplo, a 1ª ed. brasileira de Quando os Lobos Uivam, ou um Jardim das Tormentas com ilustrações de Abel Manta, ou um outro título qualquer com uma bela encadernação, ou...
E queiram crer que nunca se escreveu tanto sobre AR, o que nos faz prova da intemporalidade, modernidade e reganho de interesse por um tão prolífico escritor e jornalista, que das letras fez modo de vida, com elas granjeando o pão de cada dia, exceptuando raras e curtas sincronias durante as quais desempenhou funções na Biblioteca Nacional e foi docente no Liceu Camões.
E esta é, talvez, a mais grandiosa homenagem e o mais lhano tributo que se pode fazer a um artista, 123 anos após o seu nascimento, 44 após a sua morte. Vivificá-lo presentificando-o.
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