quarta-feira, abril 22, 2009

2 notas

Nota I:

Comprei ontem um cd de Mozart, "Música Maçónica".
Da Philips, com 18 cantos, cantatas, música fúnebre, etc., lembra-nos que o músico e compositor foi admitido como membro da maçonaria vienense em 14/12/1784. O que muito o ajudou, uma vez que o próprio imperador era pró-maçons, apoiantes entusiastas da sua política reformista.
Nota II:
De F. Pessoa, poema de 1930 (morre a 20 de Novembro de 1935):

Tirem-me a coleira de prata *
Com que fui cão do Destino
(...)
Quero beber as estrelas
Num dos cornos do Diabo!

(reflictam sobre o seu teor)

* ao lado escreve 'lata '

Um dos seus últimos poemas, escrito pouco antes de se finar:

Levantar-me da cadeira?
Que canseira!
Fazer um esforço a valer?
Para conquistar o quê?
A glória? A ciência? O poder?
O que é que tudo isso é?

Pastor que não és ninguém
Porque ninguém de ti cura,
A frescura que a tua alma tem
Tenho-a também, mas sem frescura.
Mas ao menos guardo
A fidelidade à inocência,
No que não faço ou no que tardo.
Que o Diabo leve, porque é dele a ciência!



BOM DIA!