segunda-feira, julho 06, 2009

Granjal, do germ. ward (horto)

O granito, a madeira de castanho num belo verde pintada e até a hera, nesta porta da adega do casal Virote Araújo.
... que o mesmo é dizer: da laje do riacho.
ward » gard-ia » gardial » gradial » grajal » Granjal, bela aldeia a poente do Távora, rio que nasce em Trancoso e entra no concelho pela Ponte do Abade (onde eu vou comprar rolões (ou relões) para fazer manjar com azeite caseiro, coiratos e couves, ou comer de sobremesa com leite, canela e açúcar).
Granjal, em Sernancelhe, por onde ontem quedei o dia e de que fiz centena e meia de fotografias, a pensar na "aquilino" II.
Almocei no "Pica-Peixe", do Luís, 200 metros antes da Vila da Ponte, salada de feijão frade com fardetas de escabeche, seguida de feijão branco com dobrada.
As fardetas são peixinhos do Távora, como outrora eram as trutas, os escalos, as vogas e as eroses.
Na Torre do Tombo há um pergaminho onde consta, datada de 27 de Junho de 1430, a autorização dada por D. João I, aos povos do concelho de Sernancelhe, para pescarem neste rio.
Foi no Rio Távora, conta a lenda, que o emir árabe de Lamego mandou afogar sua bela filha, a moira Ardínia (ou Ardinga), por se ter apaixonado por Dom Tedom, o cristão inimigo que o combatia...
Simpática nota: Quando fotografava as portas de uma vetusta casa, acudiu-me ao varandim um delicado casal, que lesto me franqueou as portas da sua moradia com a franca cortesia beiroa:
Maria Manuela R. S. Virote Araújo, Vice-Cônsul de Portugal em Strasburg e seu simpático marido. Foi uma hora asinho escoada em conversa, com quem gosta das velhas pedras, lapas, lages, lapêdos, lanchas... com memórias encantadas.
Voltarei ao Granjal...