Fonte Arcada
Hoje, pelas 10 horas fui até FONTE ARCADA, concelho de Sernancelhe, com 1º foral outorgado por Sancha Vermuis, em 1193: "Ego Sancia uermuit cum filiis meis uobis concilio de fonte Arcada hanc cartam concedo."
Captei duas centenas de imagens. Nunca deixam de me espantar as aldeias belíssimas destas terras.
À chegada, logo fui saudado por um asinino espécime, que, decerto, me achou familiar. Talvez o "primo da cidade"... E veio direito a mim, com bom focinho, a cumprimentar... Eu sou assim, em todo o lado um amigo! Bicho, claro! Dos outros, fujo às upas e cangochas! E eles de mim, em bom abono da verdade...
Andei, com curiosidade e ledice, por aquelas ruas estreitas, limpas e bonitas, cheias de pedras com muita memória e casas vazias, nostalgicamente decadentes.
Este "primo" está na parede da Casa da Loba, datada do séc XIII.
Às 15 horas, de tão entretido, dei conta que me esquecera de almoçar... (o tal 'ratito'). Adreguei numa taberna, comprei uma broa e uma lata de atum. Com uma gasosa, fiz um opíparo festim, sob o olhar curioso dos quatro idosos que remansavam e se alertaram face ao 'estrangeiro' bizarro e de pele vermelha (*), assim entrado nos seus senhoriais e vetustos domínios.
Sepultura antropomórfica, na parede oeste da românica igreja Matriz (a merecer uma barrela!)...
Às 15 horas, de tão entretido, dei conta que me esquecera de almoçar... (o tal 'ratito'). Adreguei numa taberna, comprei uma broa e uma lata de atum. Com uma gasosa, fiz um opíparo festim, sob o olhar curioso dos quatro idosos que remansavam e se alertaram face ao 'estrangeiro' bizarro e de pele vermelha (*), assim entrado nos seus senhoriais e vetustos domínios.
Sepultura antropomórfica, na parede oeste da românica igreja Matriz (a merecer uma barrela!)...
...e a lembrar-me do medievo François Villon, Balada do Enforcado, cito de cor, tolerância aos deslizes:
Frères humains qui après nous vivrez
N'ayez les coeurs contre nous endurcis
Car, si pitié de nous, pauvres avez
Dieu en aura plutôt de vos mercis.
Como diria o meu amigo JAZ(evedo):
-- 'É a vida!'
Ah, o topónimo deriva da existência de uma fonte, em arco, existente na Toca da Moura, a poente, da Filha dos árabes que ali geme seu fadário. (Cito Abade Vasco Moreira, in Cernacelhe e seu Alfoz).Depois, com tempo, dou mais notícias.
Nota: Este arco de volta redonda encima a porta da Igreja Matriz, que o da fonte é de abóbada tradosada.
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