sábado, agosto 29, 2009

um sábado

Um sábado ancho de calor.
Convite para o remansoso frescor da casa, à meia treva.
Ler a imprensa de fim de semana, a actualizar-me, de rajada, espécie de zaping 'jornaleiro', das desgraças por aí de arraiais assentes...
Depois, pegar em dois títulos novos do nosso panorama editorial: A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao, do dominicano Junot Díaz, Pulitzer Prize 2008, em ed. da Porto Editora; e alternar com A Ofensa, do espanhol Ricardo Menéndez Salmón, da mesma editora, estuante de vitalidade. Capítulo a capítulo, ora de um, ora de outro, como bem gosto...
Uma opípara merenda de figos de mel, muito frios, uma fatia de doce melão e um mazagrin (bebida argelina composta de café com gelo e limão - ao fim e ao cabo o meu avô materno, Albert, era lusitano naturalizado argelino, de Oran, onde viveu quase 4 décadas).
Um mergulho e umas boas braçadas, numa água também rendida, na sua tepidez, ao ardido bafo estelar e, de seguida, ainda gotejante, dou ao espírito, de Saint-Saëns, concertos de 'cello', por Rostropovich (da EMI).
A canícula cedeu lugar a uma aragem suportável.
As 20 horas arrumam o sol e é nesta suave calidez do fim do dia, que o espírito se recompõe e harmoniza, apaziguado, numa lassitude de bem estar.
Para amanhã, uma sardinhada na aprazível quinta de minha sobrinha Ana, nas Pedras Salgadas.
Terei alento para a estrada?