sexta-feira, outubro 09, 2009

VPH 3º dia

A marca de Sochaux, a Citroën está a atacar em força nos clássicos (oficialmente?) e pela profusão de espectadores e pelos comentários ouvidos, parece que a marca percebeu (e muito bem) que não é só o campeonato de mundo de ralis (C4 Sébastien Loëb) que vende carros...
O meu pai era um "fana" da marca e teve uma dúzia deles, ID's (Idée) e DS's (Déesse), 19, 21 DSuper 5, D Spécial, etc. O 1º, trouxe-o no início da década de 60, de França. Tinha matrícula 3715GP78 (Versailles) e era um ID branco, tecto cinza e estofos verde alface (!?).
Ainda tenho dois. Parados, na garagem, desde 1985. Um DSuper 5 beige e um DS 21 Pallas ie. preto .
Foram tão omnipresentes na minha vida que eu acho que aprendi a fazer (quase) tudo dentro deles (à americana), pois comecei a conduzir aos dez anos (e a estoirá-los, também!).
Nota: O guarda lamas traseiro cortado não é de série. Saía com o desaparafusar de um único elemento, se era necessário mudar a roda, o que era adjuvado pela suspensão hidropneumática que subia e descia a jante...
Dois SM (Sa Majesté) - Citroën Maserati. Ou seja, um corpo francês com uma alma italiana, a saber um V6 de ângulo muito aberto, com 170 cv de potência (uma desmesura para a época, a mesma potência de um Ferrari Dino 246 GT!), sendo os últimos já com injecção electrónica. Um fiasco comercial, apesar da montra tecnológica ostentada, por culpa das pouco fiáveis motorizações latinas. O Eduardo Costa, amigo de meu pai, a quem tratava por "tio" e visita assídua da casa, teve um cinzento com tecto preto e um doirado (!).
Fiz milhares de quilómetros no primeiro...
Na foto, a versão mais civilizada e em 2º plano o 'proto' de traseira cortada.
Estávamos no início da década de 70.
Com este bizarro DS coupé, 'proto d'usine', o português, escalabitano, Francisco Romãozinho (meu ídolo da altura), obteve classificações notabilíssimas no Campeonato do Mundo de Ralis, nomeadamente uma vitória no Tap de 72 e um 2º lugar (creio eu) no Monte Carlo desse ano.
Assisti à sua passagem, em 1972, no alto do Caramulo. O meu pai, na descida para o Campo de Besteiros, com um carro análogo, de série, muitíssimo entusiasmado com a performance do Romãozinho, saiu em voo, num gancho à esquerda, aterrando num fofo lameiro, uns metros mais abaixo, à direita. Correu mal...
Estranhíssima (e feiíssima) mas eficaz traseira!
Esta já é menos anormal!
Mas ainda assim... Um Fiat Abarth 1000 TC Corsa, vindo de Zürich. Melhor que novo, tal o rigor do restauro!
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