sexta-feira, janeiro 01, 2010

Cartilha de (boas) intenções para 2010

Vida de cão... O Argos a pensar na "metafísica da existência".
E o Joyce, a tentar discernir se vai ler a "Sábado" ou a "Visão". Ou dormir uma soneca...
A Ibiza a tasquinhar uma mão-cheia de feno e erva.

Lá se passou, o 2009.
Ontem, na cama, a ler "Os Detectives Selvagens", do Bolaño. Uma bela e estranha história, que recomendo.
Hoje, pelas 07H30, primeira passeata com os cães. Chovia. Não quiseram demorar-se. Em casa, friccioná-los com uma toalha.
08H30: Centro Hípico, tratar da Ibiza. Até às 10H30: Escovar, brussar, desenriçar cabos, tratar dos cascos e das reinilhas, pentear, aparar a cauda, riçar as crinas, dar uns mimos (cenouras fatiadas e maçãs cortadas)... e, lá cheguei a casa.
Lavar todo o equipamento de higiene equídea e lavar-me a mim mesmo, a tirar aquele fino odor a "estábulo" , tipo cartier...
E veio, enfim, um sol doiradinho para uma passeata a pé, demorada, com o Argos e o Joyce. Fartámo-nos de conversar (ou ladrar?).
Um almocinho caseiro, e de tarde, acabar o Jornal "ViaEsen", que é um dos muitos compromissos que assumi, está quase pronto e deve entrar na gráfica no dia 4.
Começo o Novo Ano com muitos projectos e outras tantas boas intenções.
Cumpro, porfiado, o ponderado encargo de separar o trigo do jóio.
De escolher aquilo em que me vou manter e aquilo e aqueles a que(m) vou virar costas.
Ser mais selectivo. Cada vez mais selectivo.
Estou ciente, também, de que a minha postura para a vida e para os outros, em geral, terá que ser diferente. Esta fase da minha vida é de nitidíssima lucidez. E de imperiosas decisões.
Uma prioridade absoluta é afastar-me, cada vez mais, dos medíocres que só trazem desilusão e mediocridade à vida. Apertar a malha do crivo.
Outra, é cultivar o espírito (o mais que puder), e tentar ser melhor em tudo aquilo que faço.
Estes passos são determinantes para iniciar 2010.
Praticar algum desporto, hipismo e natação, porque sinto a máquina, por vezes, a fraquejar. Andar mais a pé.
Dar muita atenção a algumas pessoas, que pela sua constância e dedicação ma merecem.
E o fundamental: adiantar a minha tese de doutoramento, fazendo uma "verónica" de fino recorte a algumas pseudo-prioridades de muita trabalheira e pouco proveito.
No fundo, inutilia truncat! Saber distinguir, com clareza, o essencial do acessório!
Bom Ano para quem estimo e me estima.