Três gerações de Republicanos
Bernardino Machado
Aquilino Gomes Ribeiro
Aquilino Gomes Ribeiro
Os portugueses descobriram a República.
Já idosa, decrépita até. Mal tratada, abusada e violada.
A moçoila alentejana, a Ilda (Puga?), que lhe deu rosto, é pó. São cinzas todos quantos a ergueram.
Porém, se centenária, não esqueçamos que a monarquia a que pôs termo, com altos e baixos, ora troando em altivo galope, ora claudicante de todos os anquilosados membros, durou oito séculos.
Neste ano de 2010, do seu Centenário, as comemorações, um pouco por toda a parte, capitaneadas por um excelente Comissário, fizeram-se sentir. As gerações mais velhas, que a festejaram quase clandestinamente, rejubilaram. As intermédias olharam-na com algum espanto e até condescendência. As mais novas descobrem-na. E só por isso, tudo valeria a pena, das mais edificantes palestras ao mais naïf foguetório.
A indústria e o comércio, por grosso e atacado, esfregam as mãos. Não é o Dia da Mãe, nem dos Namorados, mas é o Dia da República.
A moçoila alentejana, a Ilda (Puga?), que lhe deu rosto, é pó. São cinzas todos quantos a ergueram.
Porém, se centenária, não esqueçamos que a monarquia a que pôs termo, com altos e baixos, ora troando em altivo galope, ora claudicante de todos os anquilosados membros, durou oito séculos.
Neste ano de 2010, do seu Centenário, as comemorações, um pouco por toda a parte, capitaneadas por um excelente Comissário, fizeram-se sentir. As gerações mais velhas, que a festejaram quase clandestinamente, rejubilaram. As intermédias olharam-na com algum espanto e até condescendência. As mais novas descobrem-na. E só por isso, tudo valeria a pena, das mais edificantes palestras ao mais naïf foguetório.
A indústria e o comércio, por grosso e atacado, esfregam as mãos. Não é o Dia da Mãe, nem dos Namorados, mas é o Dia da República.
Pins, bustos, sabonetes, postais, bigodes republicanos, malas de mão, faiança, relógios comemorativos, cinzeiros, cubos de fotografias, tee-shirts, malas de viagem… a República teve o seu 5 de Outubro.
Mas há uma área que, exaltante, se excedeu: a livreira… Dezenas de historiadores, quarteirões de escritores, centenas de escreventes, saíram à liça ostentando seus dotes hibernados de aliar o consumismo à efeméride.
Não importa! Por uns mal tratada, por outros, um século ignorada, por poucos sentida, vivida e acarinhada, ela está aí.
Pena é que as últimas governanças a tenham deixado sem lenço nem túnica, como Salomé, a 1ª stripper , de tanga ou já nem com ela, como Eva maculada, de parra crestada pelos últimos vendavais.
O Zé Povinho, do Bordallo, esse, menos nédio de bochecha, está mais forte no manguito e doído do corpinho tão bordoado.
Deixo aqui a minha homenagem a um Republicano convicto e assumido: o Senhor Engenheiro Aquilino Ribeiro Machado, neto do duas vezes Presidente, Bernardino Machado e filho do maior escritor português do século XX, Aquilino Gomes Ribeiro, que pela República tanto pugnaram e tantos exílios sofreram, tendo o próprio Engenheiro Aquilino nascido, no decurso de um deles, em Baiona, França, a 6 de Abril de 1930.
Para mim, ainda representa os ideais puros, primeiros e únicos deste Centenário…
Os outros, bem os outros, na sua gorda maioria, à portuguesa, só perceberam que estas Comemorações da Efeméride, são uma ancha árvore de patacas!
Mas há uma área que, exaltante, se excedeu: a livreira… Dezenas de historiadores, quarteirões de escritores, centenas de escreventes, saíram à liça ostentando seus dotes hibernados de aliar o consumismo à efeméride.
Não importa! Por uns mal tratada, por outros, um século ignorada, por poucos sentida, vivida e acarinhada, ela está aí.
Pena é que as últimas governanças a tenham deixado sem lenço nem túnica, como Salomé, a 1ª stripper , de tanga ou já nem com ela, como Eva maculada, de parra crestada pelos últimos vendavais.
O Zé Povinho, do Bordallo, esse, menos nédio de bochecha, está mais forte no manguito e doído do corpinho tão bordoado.
Deixo aqui a minha homenagem a um Republicano convicto e assumido: o Senhor Engenheiro Aquilino Ribeiro Machado, neto do duas vezes Presidente, Bernardino Machado e filho do maior escritor português do século XX, Aquilino Gomes Ribeiro, que pela República tanto pugnaram e tantos exílios sofreram, tendo o próprio Engenheiro Aquilino nascido, no decurso de um deles, em Baiona, França, a 6 de Abril de 1930.
Para mim, ainda representa os ideais puros, primeiros e únicos deste Centenário…
Os outros, bem os outros, na sua gorda maioria, à portuguesa, só perceberam que estas Comemorações da Efeméride, são uma ancha árvore de patacas!
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