ufana bulha
lívido, o dia, diz-te ao ouvido, Bem-vinda que emerges pura, tão pura quais areias do deserto,
e há sangue a escorrer, sangue a escorrer, dos ditos, espuma de sargaços, algas que enforcam a pele, a pele
e falas e dizes-dizes dores de ora e de outrora, nojos futuros
e a lúcida loucura, a lúcida loucura, incha de ira a rocha bramadora de augúrio ao vento
além, além, a meio do vale verde há três carvalhos antigos de atalaia às memórias espojadas pelas ervas
feridas abertas, em tua boca gritos de orquídea, ufana bulha, ufana bulha.
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