Ao telefone
Fala-me. Baixo. Inda mais baixo. Assim,
Num murmúrio suavíssimo de reza,
Numa voz de ternura e de tristeza
Como ao longe a do Mar... Fala-me assim!
Quero senti-la ecoar dentro de mim,
E dela, sempre, eternamente presa,
Sentir cativa a indócil natureza
Do seu poder magnético, sem fim...
Ah, como te amo, ó voz de sombra e lume,
Mais doce e mais violenta que o perfume
Que das corolas túrgidas se exala!
Falas-me. Coro! E o olhar cerrando, logo
Me cerca e abrasa e queima em vivo fogo
A corpórea visão da tua fala...
in Flama, de Margarida Suzel Corrêa d'Oliveira, com carta-prefácio de Aquilino Ribeiro, Portugália Editora, Lisboa, s/ data.
Nota:
agradeço toda a informação que me possa ser prestada sobre a autora
Num murmúrio suavíssimo de reza,
Numa voz de ternura e de tristeza
Como ao longe a do Mar... Fala-me assim!
Quero senti-la ecoar dentro de mim,
E dela, sempre, eternamente presa,
Sentir cativa a indócil natureza
Do seu poder magnético, sem fim...
Ah, como te amo, ó voz de sombra e lume,
Mais doce e mais violenta que o perfume
Que das corolas túrgidas se exala!
Falas-me. Coro! E o olhar cerrando, logo
Me cerca e abrasa e queima em vivo fogo
A corpórea visão da tua fala...
in Flama, de Margarida Suzel Corrêa d'Oliveira, com carta-prefácio de Aquilino Ribeiro, Portugália Editora, Lisboa, s/ data.
Nota:
agradeço toda a informação que me possa ser prestada sobre a autora
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