quinta-feira, setembro 20, 2007

Trasladação de Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional

A entrada
A cúpula da Igreja de Santa Engrácia, Panteão Nacional
Membros do Governo
Engº Aquilino Ribeiro Machado
A neta de Aquilino, Mariana, para quem escreveu O Livro de Marianinha
Orquestra Metropolitana de Lisboa e Guarda de Honra da GNR A urna
O dr. Sá Marques, médico, oriundo de Barrelas, familiar de Aquilino e primo do nosso amigo, que foi connosco, senhor Fernando Sena
Presidente da República
Engº Aquilino Ribeiro Machado
Decorreu ontem, em Lisboa a trasladação dos restos mortais de Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional. A convite da Assembleia da República estivemos presentes. Com o grato prazer da companhia, na viagem de ida e volta do senhor Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, dr. José Mário Cardoso. Um bom amigo de há muito longa data.
A Cerimónia foi de uma elevação e dignidade inefável. Ruy de Carvalho leu excertos de O Malhadinhas. A Orquestra Metropolitana de Lisboa interpretou textos de Luís de Freitas Branco. A Banda da GNR interpretou o Hino Nacional. Usaram da palavra, o Presidente da Assembleia da República e o Presidente da República. Ambos, ademais o Primeiro Ministro, assinaram o documento a atestar a cerimónia.
Seguiu-se um almoço no restaurante da ala nova da Assembleia da República a gentil convite da sua Secretária Geral, juiza conselheira Adelina Sá Carvalho. Terminou-se com visita guiada ao Parlamento e oferta de livros vários entre os quais a nova edição de O Malhadinhas , homenagem da AR. Chegou-se à hora do regresso, saindo de uma Lisboa chuvosa e em hora de ponta para chegar à Mealhada a horas de um reconfortante jantar de leitão bairradino.
De realçar a presença das Autarquias que integram a Confraria Aquiliniana, Lamego, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Vila Nova de Paiva e Viseu, na pessoa de seus Presidentes e Vereadores, assim como dos Deputados do Círculo Eleitoral do distrito.
No momento final de cumprimentar o senhor engº Aquilino Ribeiro Machado, de sua boca ouvimos estas palavras: "A vós (Conf. Aq.) muito se deve desta Homenagem."
Excerto final do discurso de AR na Sociedade Portuguesa de Escritores, em 1963:
Meus queridos camaradas, olhem sempre em frente, olhem para o sol, não tenham medo de errar sendo originais, iconoclastas, anti, o mais anti que poderem, e verdadeiros, fugindo aos velhos caminhos trilhados de pé posto e a todas as conjuras dos velhos do Restelo. Cultivem a inquietação como uma fonte de renovamento. E, enquanto vivermos, façamos de contas que trabalhamos para a eternidade e que tudo o que é produção do nosso espírito fica gravado em bronze para juízes implacáveis julgarem à sua hora.