domingo, outubro 28, 2007

Daqueles que ninguém fala...

As duas últimas aquisições: as primeiras edições de Aldeia, 1943 e Trampolim, 1944, de Afonso Ribeiro. Já possuíamos a 1ª ed. de Povo, 1947 e, das Publicações Europa-América, em Contos e Novelas Inéditas, 1948, Uma Luz nas Trevas e, em Antologias Universais, da Portugália, Pobres de Pedir, extraído de Ilusão na Morte, 1938.
Fica-nos em falta:
Maria, escada de serviço, Da Vida dos Homens, Plano Inclinado, O Pão da Vida, O Caminho da Agonia, Três Setas Apontadas ao Futuro, Os Comedores de Fome, A Árvore e o Fruto, África Colonial.
"Afonso Ribeiro nasceu em Vila da Rua, Moimenta da Beira, em 7 de Novembro de 1911. Professor primário, com muitas dificuldades materiais, afirma-se pelo seu talento e coragem. Contrário ao regime político e ideológico vigente toda a vida sofreu as consequências da sua atitude e irreverência, tendo sido várias vezes preso, sujeito a buscas domiciliárias, alvo de apreensão das suas obras, proíbido de exercer o magistério, constantemente perseguido pela PIDE. Emigrou para o Brasil, depois para a África, tendo-lhe sido sempre a vida madrasta. Conjuntamente com Alves Redol, Sidónio Muralha, Armindo de Oliveira, Mário Dionísio, João José Cochofel, Joaquim Namorado, José Gomes Ferreira, Carlos de Oliveira, Manuel da Fonseca, Fernando Namora, Fernando Monteiro de Castro Soromenho, Virgílio Ferreira... é um dos nomes destacados do neo-realismo português. " (...)
in Contos Comuns, pn, Forma Breve, Revista de Literatura 1, Universidade de Aveiro, 2003.
Recordo aqui que quando da pesquisa para este trabalho, não havia uma única obra de Afonso Ribeiro na Biblioteca Municipal de Moimenta da Beira. Aqui fica o apelo ao "velho" amigo dr. José Agostinho, presidente da autarquia. Hoje, sabemos existir já uma rua com seu nome e haver uma nova sensibilidade para a aquisição das suas obras em falta.
Afonso Ribeiro foi ainda colaborador assíduo no Sol Nascente, O Diabo, Pensamento e Vértice.