sábado, maio 17, 2008

Dormi !
Eu olho a noite até me enegrecer.
Insisto sem pálpebras.
Torpe de cansaço, continuo quêdo a olhá-la e a ler-lhe o texto, num cursivo porfiado sem iluminuras persas.
Basta o distinto e límpido ciciar da brisa na ruga da pedra e um pensamente que escrutina o dia ido como um canivete rombo a pele.
Sem lisonjas nem salivas de prazer.
Cedida ao dia... me cedo enfim à luz que (o) fende.
Numa trégua mais me rendo e no lugar de mim ponho o outro que à luz desliza.
Releio tu mensagem da madrugada "porque não me falas?"
"Porque tu ignoras os teus actos" respondo à manhã vazia.