Eugénio de Castro (1869-1944)
A EPIFANIA DOS LICORNES (excerto)
(...)
Amores venais, concuspicências luciferinas:
Rute, a formosa bruna, a Basalisa, a loura,
Teodora, a ruiva como as tangerinas,
Mas, sobre todas, Basalisa, a loura...
Oh os seus olhos! suas unhas em amêndoa! e em cális
O seu colo! e seus dedos digitális!
E quando, numa noite de flagrâncias
(Lembrando isso tudo o coração me dói!),
Forte, enleei, após violentas relutâncias,
Suas ancas de Deusa em meus braços de Herói!
Mordoraram-se as apoteóticas púrpuras da
Luxúria: depois do Escarlate o Branco. Agora
sou casto como um cenobita.
(...)
(...)
Amores venais, concuspicências luciferinas:
Rute, a formosa bruna, a Basalisa, a loura,
Teodora, a ruiva como as tangerinas,
Mas, sobre todas, Basalisa, a loura...
Oh os seus olhos! suas unhas em amêndoa! e em cális
O seu colo! e seus dedos digitális!
E quando, numa noite de flagrâncias
(Lembrando isso tudo o coração me dói!),
Forte, enleei, após violentas relutâncias,
Suas ancas de Deusa em meus braços de Herói!
Mordoraram-se as apoteóticas púrpuras da
Luxúria: depois do Escarlate o Branco. Agora
sou casto como um cenobita.
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