A parolagem de Domingo...
Sunday News
Como bom parolo que sou, achei que um domingo à tarde era o momento ideal para responder ao apelo do mar.
As minhas praias devem ter dois atributos: água fria e pouca gente.
E já agora, ida e volta, prá aí 250 km...
Então... de Viseu, apontar ao norte, necessariamente.
O mais próximo mar, Barra, Costa Nova, Vagueira... aos domingos, grrrrrrrr.
Parece o Rossio de Viseu, boa tarde, sr. Costa! como vai, sr. Ruas? está boazinha, menina Cláudia?...
Então lembrei-me, e porque não São Jacinto? Já lá não vou há 20 anos (minto! aportei lá há dias, mas por mar, tal Ulisses, no barco de um amigo, não conta!), está na hora de voltar (isto não é do Tony Carrera ((como o meu Porsche, xPt!yxxzk!)).
E lá fui, Estarreja, Ovar, Murtosa, Torreira... et voilà.
Descobri , quase no meio da reserva natural, uma praia com 6 pessoas (que eu lobrigasse), pois o nevoeiro era tanto, que para lá dos 50 metros nem um arrastão do bacalhau se topava...
Frio o mar. Geladinho mesmo. Os cães a correr e eu a nadar. Brrrrrrrrr...
Sequei-me com aquela energia do sr. Silva, a abanar estrénues os braços como ramaria ao mistral seco...
E volta embora, que eram 17H00. Tea time.
Só que, inexplicavel e absurdamente, estava o pesadelo na estrada.
02h10 para percorrer os 16 kms que ligam São Jacinto à Torreira! 02h10!!!
Parecia N.Y. ou Tóquio em hora de ponta (vi nos filmes, porque tenho medo de voar, que isso é de pássaros e passarões).
Um pára-arranca desesperante e uma autarquia, ou lá o que aquilo é, que não gosta que os turistas lá voltem, depois de uma primeira ida ao engano (o aviso aqui fica!).
Chamei-me desgraçado, enquanto jogava 23 partidas de dominó com o casal do carro da frente.
Jurei que por 100 anos não voltaria lá (entrempos farão a dupla via que esgaravatam com pouco profícuo efeito!).
Cheguei a Viseu saturado.
Só acertei nos 248 mil metros que o parcial marcava.
A fomita inquietava.
Uma excursão rápida à filial do P.... dos Leitões (reticências por causa da publicidade, porque o quilinho é a 32 oiros!), no Palácio dos Pobres (Agustina dixit) e pronto: estava o dia finado e mal-ganho!
(Hum, a costelinha, ainda a rescender do forno, com aquela pele estaladiça do pobre bísaro... quase salvou da calamidade!)
Mas ora digam lá, agora que vos escrevo, no aconchego do lar e na intimidade que nos aquece, sou um genuíno parolo, não sou?
O verdadeiro laparoto das Terras Altas!!!
<< Home