Suite para violoncelo
Prelude
Escrever os lugares da morte
Em busca dos legentes olhos
Que nas cinzas os lerão.
Allemande
1. Abel,
Tu mesmo
Forma minha…
2. Vicioso, penitente ou virtuoso?
Courante
1. A qual hemisfério acedo,
Boreal ou Austral?
Ao Ganges ou ao Ebro?
2. Limitado que estou no círculo do teu seio
Definitivamente ausente da Rosa dos Justos.
Sarabande
1. Nunca me abraçarás,
Como Sordello a Virgílio,
Fraternamente comovido,
Fragilizado no penar e no temor.
2. Há muito renunciei à sombra
Exausta de tal luz.
3. Também o ponto comum da terra
Nunca nos unirá.
A atopia tragou meu espaço
E de ninguém sou conterrâneo.
4. Apenas no tempo da eternidade
Tudo será, enfim, reconhecido
Estilhaçada a ampulheta
E percebidas as metas como infinitos.
Menuet
1. Rodar-te.
Na esfera da perfeição,
Reter-me.
2. Formulei-te
Eu
O meu destino
Eu
Apenas teu sopro…
Gigue
1. Incidimos
Perdida a dúvida
E ganha a certeza
Da incoincidência.
2. O amplo silêncio
Clama a sabedoria do lugar.
A loba guarda o caminho.
Ignora ser a fera
E o temor que inspira
À alma pecadora.
3. Ofuscada em seu sono
Cede ao eco do uivo
A incerteza do cárcere
E a lástima do réprobo.
4. Fosso ou alto muro?
A eloquência,
No tempo ecoará.
Escrever os lugares da morte
Em busca dos legentes olhos
Que nas cinzas os lerão.
Allemande
1. Abel,
Tu mesmo
Forma minha…
2. Vicioso, penitente ou virtuoso?
Courante
1. A qual hemisfério acedo,
Boreal ou Austral?
Ao Ganges ou ao Ebro?
2. Limitado que estou no círculo do teu seio
Definitivamente ausente da Rosa dos Justos.
Sarabande
1. Nunca me abraçarás,
Como Sordello a Virgílio,
Fraternamente comovido,
Fragilizado no penar e no temor.
2. Há muito renunciei à sombra
Exausta de tal luz.
3. Também o ponto comum da terra
Nunca nos unirá.
A atopia tragou meu espaço
E de ninguém sou conterrâneo.
4. Apenas no tempo da eternidade
Tudo será, enfim, reconhecido
Estilhaçada a ampulheta
E percebidas as metas como infinitos.
Menuet
1. Rodar-te.
Na esfera da perfeição,
Reter-me.
2. Formulei-te
Eu
O meu destino
Eu
Apenas teu sopro…
Gigue
1. Incidimos
Perdida a dúvida
E ganha a certeza
Da incoincidência.
2. O amplo silêncio
Clama a sabedoria do lugar.
A loba guarda o caminho.
Ignora ser a fera
E o temor que inspira
À alma pecadora.
3. Ofuscada em seu sono
Cede ao eco do uivo
A incerteza do cárcere
E a lástima do réprobo.
4. Fosso ou alto muro?
A eloquência,
No tempo ecoará.
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