sugestão de leitura
Em edição da Aletheia (do Dias Loureiro e da Zita Seabra, ex-Bertrand, ex-PCP), do camarada Vasco Graça Moura, uma nova ficção, O pequeno-almoço do Sargento Beauchamp.
Intriga desenrolada durante a invasão comandada por Junot (o célebre Jinó, in Valeroso Milagre, 1921, Aquilino Ribeiro), é mais uma novela de 131 páginas, do que um romance, narrada em 29 delgados capítulos.
Lê-se bem e não precisamos de comer um papo-sêco de permeio.
Estas aventuras de Jacinto Negrão Bezerra de Albuquerque, com rigor histórico e algum humor, retratam-nos Lisboa de 1808 e o comportamento de alguns lusitanos de "bom sangue", colaboradores da francesia.
Infelizmente, no auge da narrativa, parece perder o fôlego o seu autor, ou ser assolado por um tédio tolhedor, que o leva a pôr um fim abrupto e trágico à intriga que começava a emergir com algum interesse. Et d'un coup, mata três, de uma vez, talvez por má digestão ou ardor de estomâgo do sargento Beauchamp, que aparece apenas na estória, a tomar o pequeno almoço, próximo de Portalegre e a arrotar calamitosa ordem de fuzilamento. Flop!
Insisto nesta ideia: Vasco Graça Moura, é o poeta e o grande tradutor, talvez o maior tradutor europeu da actualidade...
Grafismo pesado: muito ruído de capa para o tamanho da obra; bom interior.
Numa Pretexto perto de si, por 13E50 (com o desconto na hora feito de 10%).
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