Os apófrades
i.
Voltamos sempre
À casa d'outrora
Mesmo que a hera a cubra
As silvas a cerquem
As portas s'entapem
E as janelas
-- lá alto --
Sejam guilhotinas de vidro.
ii.
Voltamos sempre
Ao odor do passado
Ao ranger do sobrado
À carícia ora feita
Ora por fazer ficada.
iii.
Voltamos sempre
E se a vida
Nos arreda do retorno
Se os passos no horizonte
Teimam em se perder
Voltaremos depois
-- como em Atenas --
Os mortos dos dias nefastos.
Voltamos sempre
À casa d'outrora
Mesmo que a hera a cubra
As silvas a cerquem
As portas s'entapem
E as janelas
-- lá alto --
Sejam guilhotinas de vidro.
ii.
Voltamos sempre
Ao odor do passado
Ao ranger do sobrado
À carícia ora feita
Ora por fazer ficada.
iii.
Voltamos sempre
E se a vida
Nos arreda do retorno
Se os passos no horizonte
Teimam em se perder
Voltaremos depois
-- como em Atenas --
Os mortos dos dias nefastos.
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