segunda-feira, outubro 20, 2008

Tanatos

No peito atónito
a pedra cai.

Cerrou-te à terra
furtou-te aos dias.

Oxalá um tempo
sem memória
clamores
e gestos vãos
te tomem.

E um vento limpo
assobiará escárnios
e varrerá as cinzas
como acendalho
de lume vil.

O devir do não ser.

Ceifadas as linfas decimais
lá nos sítios dos viventes
ainda alheios dos passos
inexoráveis próprios passos
para a cinza também dados.