quarta-feira, outubro 01, 2008

textos idos

No fundo, de facto, haverá tempo de ser
- e assim se inicia a viagem.


Substantivo é o caminho e o lugar a atingir
Obsessão. No trânsito porque descer?
E no percurso invisível o tacto e o faro ouvem-te dizer, Sobe agora.
Com o ímpeto quase silente de teu hálito porfio de olhar cego à rectaguarda.
Uma jura assim a sangue selada...
E cada passo se desloca na não agressão do xisto dos carreirais só de cor com barro e murmúrios pintado.
Ora deambulante se íntegro me incesso acolho no olhar o frio azul e puro.
Mal sei apenas da queda a vinda.
E essa certeza pousa-me e ao alento fortifica.
É o protesto da liberdade no decretado fim da pena.
A arca do peito. O Ar.
Arquejo curvo.
No fundo, de facto, haverá tempo de ser.


(nota: acho que já publiquei isto... não sei. mas hoje reli-o e gostei. re-partilho. paulo)