quarta-feira, abril 22, 2009

diálogo (in)existente

És a que espero?
Não sei. Sou a convocada.
Porque acudiste?
Na tua voz ouvi meu tom.
E o som áspero do desejo?
Ausentou-se das palavras. O chamamento é puro.
Fica. Tenho o sal da terra e a cal da arca.
Já não é, pois, regra, continuar só?
A regra continua só.Ausenta-te das palavras.
Deixá-las-ei no olhar.
Vendar-te-ei.
E os outros sentidos?
Assim se exaltarão.