A ignorância... de Bach a Baco.
... é atrevida!
Há na língua aquilo que chamamos "les faux amis", palavras ou expressões que pela sua semelhança de significante nos induzem a um significado outro que o detido, gerando um equívoco semântico.
Não sou um melómano apurado. Antes, alguém que gosta de música e a ouve com frequência. Além disso, até tive na fac uma cadeira de História da Música (saudoso Dr. Faria).
Porém, a minha incultura musical revela-se com frequência em situações deste teor:
Sempre pensei que as Bachianas, do grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos eram uma homenagem a Baco.
Hoje soube que as Bachianas foram e são uma homenagem muito sentida ao músico e compositor que Villa-Lobos mais que todos admirava: BACH !
É caso para citar Anaïs Nin: Cada um vê o que tem dentro da cabeça!
Qui pro quo(s) deste teor devem-nos levar a precauções extra contra as evidências servidas de bandeja (mesmo que até seja argêntea, a dita) e que passamos a ter (sem fundamento factual, apenas por comodidade ou comodismo) por inquestionadas verdades adquiridas.
São situações destas que nos levam, também, ao imperativo moral de sentir vergonha pela presunção do saber, e que bem servem para nos reduzir à insignificância, por vezes esquecida.
E já agora, também, a sermos mais criteriosos, nesta era plurívoca da hiper-informação, que tão assazmente nos conduz à hipo-assimilação.
Felizes os que têm a humildade para aprender todos os dias alguma coisa com quem mais sabe!
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