quinta-feira, outubro 01, 2009

orbus

Um dos males do século é o despreendimento das palavras daquilo que sigificaram.
Tornaram-se, muitas delas, meros ruídos, na iliteracia vigente.
Esqueceu-se ( ignora? ) o Homem, da origem, do motivo, da necessidade, de ter criado algumas/muitas delas.
Do sentimento, até, que lhes sub e sobrejaz.
Por exemplo, orfão.
Tem origem em orbus, que queria dizer, privado de..., e/ou cego, em latim popular.
Haverá maior emotividade/expressividade?
Poderemos também daqui iladir da outrora outorgada importância, respeito, afecto, do/pelo ancião, mais velho, no contexto afectivo/familiar/social...
Lembrar apenas que senectude é muito mais que decrepitude.
É também o olhar que muito viu e que nos ajuda a ver, essa outra forma de aprender a saber.
E não somos nós os idosos de amanhã?
Que respeito ou afecto podemos então exigir, se não o soubermos hoje transmitir?