sábado, dezembro 13, 2008

E por falar em Piano(s)...

desta arena que é lume daqui deste palco que é som cavo escavo o outro lado da vida cabeça de olhos agudos na selva que dispersas como se fosses mais que o vento brando no momento em que te sou o espinho de nenhum engano. o nome da estratégia de um dezembro lúcido pregado no chão. como sinal que não se entende e se estende em carne e música. estuando pontes e crinas na doçura do papel que te é exercício pouco e muito. breve e endógeno como a garganta onde me marcas com a marca da água. em espelho de recomeços e atropelos e sopros. árduos e guerreiros. inquilinos de um destroço sobre o fogo que arde e é ideia sem idade.
daqui desta volta onde te sou o mármore e a nuca o dorso e o júbilo o verso e a língua falada o ávido e a clave sou mais perto da floração do vermelho escarpado no teu pescoço. de ave.
lírica e inaugural. como deus no deserto. debaixo das pedras. tornadas em lágrimas. maduras. redentoras.ascendo à anatomia das flores para te ser madalena e caos. desarme maior não conheço que te ser toda a cal.
tecido lento a cobrir-te a dor rítmica de um sim incandescente.
aqui. a matéria é uma paisagem redonda. magnificada
.
Rendido a este Allegro aperto (ou?) Andante ma un poco adagio, que roubei, excepcionalmente, no sítio da Isabel, embalado na toada indómita da palavra solta em galope largo, no verde lenteiro, que a geada não crestou...