reedição
Em 1953, pela Livros do Brasil, Aquilino Ribeiro publicava "Príncipes de Portugal Suas Grandezas e Misérias". A sua visão da História desencontrada daquela que o Estado Novo acarinhava, traz-lhe dissabores com a Censura, interdição de reedição, etc. No fundo, nada a que o Escritor não estivesse habituado...
Deixo uma crítica da época, da autoria de Artur Portela, surgida no Diário de Notícias. (clique)
Esta semana, com prefácio de Vasco Graça Moura e ilustrações de Costa Pinheiro e com vários documentos fac-similados, sai, 55 anos depois, a 2ª edição.
Convém aqui ter presente que Aquilino foi fiel à Bertrand desde a sua 1ª obra publicada em 1913, "Jardim das Tormentas" (ainda Livrarias Aillaud & Bertand), até à edição póstuma, de 1974, de "Um Escritor Confessa-se".
Porém, "Os Príncipes de Portugal..." foram editados na Livros do Brasil. Também "Constantino de Bragança, VII Vizo-Rei da Índia", foge à regra e é editado em 1947 pela Portugália Editora. Curiosamente, a mesma que reedita hoje aquele título. Até nestas andanças há uma circularidade curiosa, com retornos mais ou menos inesperados.
Fundamental é que Aquilino Ribeiro continue a suscitar o interesse das editoras e do público. E já agora... que seja lido.
Esta edição da Portugália custa, com desconto, 17,10 numa Fnac ou na Pretexto, e tem um grafismo cuidado e papel de qualidade, não deixando, contudo de se render aos chamarizes do mercado, com uma cintura "doirada", de duvidoso gosto, a anunciar "Um livro censurado".
Compre, urgentemente! Deliciar-se-á com o seu conteúdo!
<< Home