O pequeno bosque...
que chamo meu de tanto o frequentar (meio abusivo de usocapião) aqui na sua verdejante entrada, onde os cães, Argos & Joyce, diariamente, começam (e acabam) suas mariolices. Viseu ainda tem muito verde, mas a "evolução", o "progresso" não a poupa. Há zonas da cidade, como por exemplo a Quinta do Seminário e a Urbanização da Rotunda do Hospital, que se apresentam com uma densidade habitacional esmagadora. Onde é que há gente para encher aquilo tudo? Parecem "favelas". Ricas, está bom de ver...
E por falar nisso, os romanos foram, de certo modo, os criadores do conceito do edifício em andares. Chamaram-lhes "insulae" (imagine-se porquê!?). Para lá remetiam a quase ralé urbana. Depois vieram os apartamentos, no fundo, sítios onde as pessoas vivem apartadas, que o mesmo é dizer, separadas. Por isso, se dissermos, em vez de "comprei um apartamento", "comprei uma separação", ninguém nos entende, mas está semanticamente correcto. Porque é que as urbs não crescem horizontalmente, ao invés de verticalmente? De forma sustentada, com uma boa política de transportes públicos? Não seria crescer com qualidade ao invés de crescer em altitude, dando às pessoas aquilo que lhes é vital: o espaço? Durante muitos anos, por motivos profissionais, tive de ir uma vez por semana a Odivelas (não tenho nada contra a cidade!). Nunca entendi como era possível a (não)existência de espaços verdes do tamanho de um T0, e as torres de edifícios com amplas varandas que... davam para a varanda dos vizinhos... espécie de emparedamento visual, logo vivencial...
Que se lixe! Não sou arquitecto, pois não? Nem autarca, pois não? Que mania, esta da extrapolação. Vou tomar uma cevadinha caseira, que sempre é mais reconfortante que estas congeminações esparvoadas. São servidos?
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