E que tal, um bacalhau às postas?
Tive que me dirigir a uma estação dos CTT para despachar correspondência. Dois guichets. Dois diligentes e muito amáveis funcionários e... uma fila interminável. Pacientemente português, tirei a senha, descobri descoroçoado que tinha sete pessoas à minha frente e que, uma 'bicha' entupira. Tentei perceber porquê... e fiquei esclarecido: Uma senhorita acabara de comprar duas canecas muito bonitinhas em fino barro, uma cautela de lotaria para o Natal e de seguida, perguntou se vendiam caixas de correio para colocar na parede de casa. A funcionária respondeu-lhe que sim. Perguntou que cores tinham. A funcionária respondeu: "Brancas e cinzentas". A cliente disse que queria ver. A funcionária foi buscar (aqui, já estava a casa cheia!). A cliente não se decidia sobre a cor... "Sabe, gosto das duas!"; a funcionária ajudou:"Mas de que cor é a casa, minha senhora?"; "É cinza", respondeu. "Então porque não leva a cinza?" (entretanto a outra 'bicha' entupira também, porque um dos clientes tinha uma pilha de meio metro de altura de cartas e registos para despachar!). "Pois é, eu podia levar a cinza...", respondeu entediada a cliente indecisa, "Vou pensar..."
Neste inteirim e face a um frémito que já se sentia no ar, a senhorita levou as canecas, a lotaria e a caixa branca, e lá saiu, enfim, toda ufana e despachada...
É o que acontece, hoje, nuns CTT transformados em mercearia da esquina. Local onde as coisas funcionam mais rapidamente. Só não despacham correio. Ou será que já despacham?
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