Chorai arcadas
Do violoncelo!
Convulcionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
De que esvoaçam,
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam
No rio, os barcos.
Fundas, soluçam
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam)!
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...
Trémulos astros...
Soidões lacustres...
- Lemes e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!
Urnas quebradas
Blocos de gelo...
- Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.
Camilo Pessanha, Clépsidras e Outros Poemas, ed. Anagrama, Porto, 1980
Do violoncelo!
Convulcionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
De que esvoaçam,
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam
No rio, os barcos.
Fundas, soluçam
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam)!
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...
Trémulos astros...
Soidões lacustres...
- Lemes e mastros...
E os alabastros
Dos balaústres!
Urnas quebradas
Blocos de gelo...
- Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.
Camilo Pessanha, Clépsidras e Outros Poemas, ed. Anagrama, Porto, 1980
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