domingo, maio 17, 2009

Textos idos.

É na ausência total de razão que coordeno com rigor as assimetrias. É no sentimento que nivelo a ausência das lógicas e os absurdos -- qual mesa de carpinteiro que plaina. E as assimetrias moldam-se e desaparecem por instantes, fugazes ou de uma noite, persistem após e nos medos, com a luz e os outros. E assim, relacionamo-nos na geometria equívoca das multiformas facetadas onde nos encontramos, em lados cujas pontas apenas se tocam. É a relação dos extremos ou extremidades. A-circular. Mal unida. Na contabilidade final há défices no ter e haver. E tornamo-nos credores sem crédito, devedores sem dívida, o Paradoxo que existe envergonhado de existir. Por nós e no nosso equívoco.
Julho de 94.