quinta-feira, fevereiro 19, 2009

escrita(s) -(re-visitação)

a tua escrita, para mim, é mais geográfica do que singular, mas nesta geografia reside a sua singularidade, porque não usas palavras avulsas, porque tens de repente uma tela à tua frente e começas a desenhar uma pauta de música. primeiro as cordas horizontais. depois os traços. e ao início escreves matematicamente. respeitas os limites das linhas impostas. mas esta regra é rapidamente transposta. porque a agulha do teu disco salta. ainda assim um movimento rigoroso. como um tigre sobre a presa. mas dá-se logo um descomportamento. quando os movimentos deixam de ser estudados e prevenidos. e passam a ser vorazes e determinados. o tigre come a sua presa! as tuas palavras desenham um mapa. uma cartografia incessante. o destino é apenas o início

ANA