quarta-feira, setembro 30, 2009

17 Janº 1926 - 30 Setº 2009




terça-feira, setembro 29, 2009

CONVITE

Caros colaboradores da revista INÚTIL

Chegou o dia para o lançamento desta nossa/vossa revista, que será 23 de Outubro na livraria Ler Devagar no Lx-Factory em Lisboa, às 21.30h.

A apresentação estará a cargo de Cristina Piedade, da Livraria Bertrand.
As leituras de textos e poemas serão feitas pelo actor André Gago e teremos também música ao vivo com a presença de João Paulo Esteves da Silva (piano), Mário Franco (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).
Queremos fazer desta noite um momento único, no contraste da arte entre as paredes de um magnífico espaço aberto aos sentidos e aos motivos.
Contamos com, para além da vossa presença, a vossa participação na divulgação deste projecto que é de todos nós, sendo que todas as vossas intervenções serão muito apreciadas.
Lá estaremos, dia 23 de Outubro, a celebrar a palavra e a imagem.
Contamos convosco!
Um abraço dos Inúteis Maria Quintans - Ana Lacerda - João Concha
http://inutilrevista.blogspot.com

segunda-feira, setembro 28, 2009

As cândidas


pharos


fendida


domingo, setembro 27, 2009

o olho centrifugado, o inquieto olhar em movimento.


sábado, setembro 26, 2009

6ª feira à noite - uma intenção. Sábado, uma tentação.

Um mergulho na Vagueira. 27º e uma praia sem gente. O sibarítico luxo. Um almoço no Dory - Costa Nova - a saborear uns camarões da Nazaré e um bife quase tártaro 'ao alho'. As fotografias. Da minha terra. Somos de onde nascemos?
Quando a madeira vira cimento e alumínio e se engalana de cravos.
Batel triste.
A cor...
Com uma pulseira ao tronco.
Quase palafitas, de amarração.
Hão-de subir, as algas...
Ah, a Renata!? Afinal é um bote pobre?!

Assim, como proa, pôpa e quilha...
O cravo, também flor, prego, verruga, escala na noite acordes de frieza metálica. Ouço-os como um aconchego. Estou só. Pior, habituei-me à solidão e ao silêncio das vozes. Substituí a fala pelo pensamento. Em demasia. Leio. Tudo o que sai novo. De toda a parte. Releio as minhas canónicas obras. Comprei hoje as 700 páginas de "O tambor de lata", de Grass. Terei de esquecer a sua confissão para o ler. Como a Céline. E 100 páginas de Updike, o do sr. Coelho, mais magras que as capas gordas. Poemas -- "Ponto Último". Um homem de 75 anos a exorcisar o fim num encadear seco de quotidianas trivialidades. Mais música barroca. Há nela um conceptualismo estruturado em torno de uma forma rebuscada, como um casulo de seda, que cinge, no seu âmago o conceito que não quer libertar. Protegendo-o, como a máscara ao rosto.
Ardem-me os olhos. Uso-os em demasia. A ler, a escrever, a ver. Recordo a cegueira acidental de meu avô, um mor leitor, para quem, aos 7 anos, passei a ser os olhos de ler. Quantos livros lhe li de uma forma contrária a esta fluidez harmónica do cravo? Soletrando aqui, parando além, numa cacofonia que o fazia sorrir, de pálpebras cerradas, sem me ajudar num som que fosse, esperando que eu lavrasse o texto com meu arado. Sou um leitor precoce. De significantes. Anos depois, li-lhe os significados em todos os ângulos plausíveis do eixo paradigmático a obliquar da norma.
Há paz na solidão. Uma espécie de pureza despojada de adorno ou adereço, acrescida da reflexão em solilóquio, íntima. Escrevi há anos: "Um homem só tem-se mais a si." Mas que vale ter-me mais a mim? Ou, que me interessa ter-me mais e à minha insuportabilidade?
Acomodei num saco uns calções, uma toalha de banho, um pente, a máquina fotográfica e "A Ofensa", do Menéndez Salmón. Saio de manhã. Levo um carro sem capota (porque está sol e é agora que se usam) e vou ao mar. Quero vê-lo, cheirá-lo, mergulhá-lo. Tomar um mazagrin numa esplanada, à sua frente. E olhar para tudo em meu redor. Até para as pessoas, de modo quase indiscreto, mas só curioso.
O sono chega. Num afago lasso. A que me rendo, quase aliviado. Talvez sonhe com algo mais empolgante do que a visão do meu pé esquerdo, cruzado, nu, sobre a perna direita, a desenhar arabescos mirabolantes na parede branca. Talvez...

sexta-feira, setembro 25, 2009

Repouso de Valquíria

(clicar)
crayon 8B em papel de esquisso + photoshop

quinta-feira, setembro 24, 2009

AQUILINO

(clique)
crayon 8B em folha de esquisso + photoshop

No Domingo à noite...

Un exquis repas... à répéter le plus tôt possible. Recortada no lusco-fusco do crepúsculo, a outra margem do Douro surge na sua imponência, do alto da qual, em S. Martinho de Anta, se ouvia de Torga o "Eco":
Ah, terra transmontana
Que não tens um cantor à tua altura!
Um Marão inspirado,
Um Doiro inquieto,
Um plaino aberto
De carne e osso
Capaz de recriar noutra verdade
Esta grandeza austera,
Onde as pedras parecem ter vontade,
E nenhuma vontade desespera.
Nota: Os meus primeiros textos poéticos foram publicados pela esposa de Miguel Torga, a saudosa Professora Crabbée Rocha, in Cadernos de Literatura, INIC, nº25 - 1986.

Uma das entradas

Cherne com trufas
Pombo embrulhado em couve lombarda

Sobremesa: um quente, um morno e um sorbet. Deliciosa...
Se bebesse, acompanharia com Porto Velho.
Não posso referir o nome da pessoa anfitriã.
Deixo minha discreta gratidão...




quarta-feira, setembro 23, 2009

A la minute...

Satisfação do dever cumprido!
Os prelectores. Falta o Professor Seabra Pereira.
A vitoriosa equipa feminina! (Mas, que está lá a fazer o Paulo Neto?!)
A Dra. Luísa Gil voando alto nas suas explicações.
A Professora Sara Silva, da UM e o Paulo Neto, saboreando os deliciosos fálgaros da Tabosa.
Duas das incansáveis colaboradoras da autarquia sernancelhense.
Prémio: "As Estóicas", ganho por este ramalhete colorido de alunas da Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER) que não arredaram pé até ao fim. Terá sido penitência?
Colegas amigos da ESEN, a Maria dos Anjos, a Margot Passion, a Inês, o Roque, o Fernando.
Dr. José Mario Cardoso, Engº Aquilino e sua simpatiquíssima esposa, Dra. Alexandra, nos Claustros do Convento do Freixinho.
O testemunho empenhado da Dra. Luísa Gil, naves adentro da Igreja de Tabosa.
Interessado, o Dr. Carlos Silva nem pestaneja!
O sucesso desta iniciativa tem muito do seu empenho e mérito.
A Dra. Luísa Gil e à sua direita o curador do Convento, meu amigo Sr. Júlio.
Nos Claustros do Convento de Tabosa.
Os drs. Carlos Silva, Jerónimo Costa e José Mário Cardoso a ouvirem, divertidos, o Paulo Neto.
O excelente momento musical pelos docentes da Academia de Música de Sernancelhe.
O Engº Aquilino e o Prof. Luís Vidigal.
Sob a égide do Pai...




















O Domingo...

O Domingo veio num raio de sol.
Às 10H00 estávamos aprestados junto ao Auditório para o propalado Roteiro Aquiliniano pelo Concelho de Sernancelhe.
Encheram-se dois autocarros e rumámos ao Convento da Nossa Senhora do Carmo, no Freixinho, hoje hotel rural.
Por amável simpatia da gerência foi servido um pequeno almoço muito agradável, nos claustros, onde pontificaram as célebres Cavacas do Freixinho.
Saímos para o "Pátio dos Sanhudos", antiga propriedade do "fidalgo afonsino", Inácio de Almeida Vasconcellos.
Estávamos na casa onde nasceu Aquilino.
Rodas ao caminho, a menos de meia légua velha, estava o Convento da Nossa Senhora da Assunção, em Tabosa.
Começámos pela Igreja, belíssima em sua faustosa talha, cenário onde decorreu O Valeroso Milagre (in Estrada de Santiago).
A Dra. Maria Luísa Gil dos Santos, autora da tese "O Ciclo Vivencial do Mosteiro de Nossa Senhora de Assunção de Tabosa" (2002), foi clarividente e sábia na explicação que nos deu, voltando a falar-nos nos elegantes Claustros de colunata toscana (já aqui referenciados).
O Paulo Neto (moi-même - Vê lá se te calas!) leu uma concentração, quase nuclear, do conto supra referido. De seguida foi-nos servido, por gentileza do actual proprietário do local, uma sapidíssima degustação de fálgaros com queijo fresco, outros petiscos, vinho Aquilinus e Terras do Demo... e parece que ninguém queria dali sair, decerto presos ao sortilégio (mais que tudo espiritual) que se envola de todo aquele beatífico ambiente.
Mas urgia ir à Lapa, Santuário e Colégio.
Tudo cheio de peregrinos.
Dezenas de camionetas.
Houve quem aproveitasse para comprar o pão alvo local e... ala que o almoço esperava-nos, volante, no Centro de Artes de Sernancelhe, magnificamente servido pelo Restaurante Flora (cujo dono diz que eu nunca o referencio! mea culpa, bato no peito e contrito me penitencio: -- "Meu amigo, as suas vitualhas são de primeiríssima escolha. Das feijocas, ao grão de bico com bacalhau, passando pelo polvo de cebolada, genuínos bolos de fiel amigo, mirabolantes enchidos e... summum, aquele leite de creme a rescender ao fogo crestante!") .
Muito bem se comeu.
Auditório.
Um momento musical de primeiríssima qualidade, propiciado por um duo de virtuosos de piano e consertina, docentes da Academia de Música de Sernancelhe, deu-nos o embalo para outras fantasias que ali se não podiam cumprir...
Falou o Professor Luís Vidigal sobre : "Polémicas portuguesas. Aquilino entre a Tradição Letrada e a Modernidade Globalizada" e, finalmente o Senhor Engenheiro Aquilino Ribeiro Machado, num eloquentíssimo improviso que a todos arrebatou, durante quase hora e meia, respondeu com inequivocidade e muita vívida informação a todas as questões previamente apontadas, no que apodou de : "Uma peregrinação sentimental pela obra de Aquilino".
O Auditório rendeu-se e vibrou com o estralejar longo, muito longo, dos aplausos tornados sentida ovação.
Foi uma culminância desejada e merecida por todos quantos ao Mestre consagraram estes dias.
E acabou, ia o dia a cavalo num poente sanguíneo, melancólico de sua finitude.
Como nós, nem Pégasos nem Centauros, mas endeusados ao culto de Aquilino que, porfiadamente, retomamos sempre e com mais iniciativas para breve!
A Autarquia, na pessoa do seu Presidente, Dr. José Mário Cardoso e Vereador da Cultura, Dr. Carlos Silva, são inexcedíveis no seu apoio.
E depois há toda uma equipa de colaboradores incansáveis, diligentes e briosos a quem deixo um abraço caloroso de gratidão, extensivo a todos, na figura do Dr. Cláudio Vitorino.
AVE AQUILINO!

terça-feira, setembro 22, 2009

Enquanto não vos falo do Domingo...



... deixo-vos com a expressividade do Sr. Engº Aquilino Ribeiro Machado.


Da parte da tarde...

... a palavra sapiente brotou dos lábios das Senhoras Professoras:
Isabel Cristina Mateus e Sara Silva, da Universidade do Minho; Ana Margarida Ramos, Eugénia Pereira e Isabel Cristina Rodrigues, da Universidade de Aveiro, cujas alocuções, se subordinaram aos temas, respectivamente:
"A Casa Grande de Romarigães: história e (re)escrita da história"; "O Romance da Raposa ou o elogio formidável do individualismo"; "O Livro da Marianinha e a reescrita da memória da infância"; "O sentido e a sensibilidade de Mónica"; "Teoria geral dos castanheiros: A Casa Grande de Romarigães, de Aquilino Ribeiro".
Da esq. para a dta. Professoras Isabel Cristina Rodrigues, Sara Silva, Ana Margarida Ramos, Paulo Neto, Eugénia Pereira e Isabel Cristina Rodrigues.
A Professora Ana Margarida Ramos.
(fotos de JC)

Sábado, day one

(foto de Paulo Pinto)
(foto de Paulo Pinto)
(foto de Paulo Pinto)
O Sr. Engº Aquilino, divertido, a ouvir Paulo Neto, no que apodou de "Crestomatia do Passado".
(foto de JC)
O Dr. José Mário Cardoso

(foto de JC)
O Professor José Carlos Seabra Pereira

(foto de JC)
O Professor António Manuel Ferreira
(foto de JC)
10H00: Auditório Sernancelhe. O Sr. Presidente, Dr. José Mário Cardoso deu as boas vindas. O Sr. Professor José Carlos Seabra Pereira, da Universidade de Coimbra, acabado de chegar do Brasil, quase directamente, fez a sua intervenção subordinada ao tema: "O neo-franciscanismo e a poética vitalista de Aquilino". Seguiu-se-lhe o Sr. Professor António Manuel Ferreira, da Universidade de Aveiro, com a prelecção: "Jardim das Tormentas: os tormentos do conto aquiliniano". Depois, falou a Sra. Professora Carina Infante do Carmo, da Universidade do Algarve: "José Gomes Ferreira, leitor de Aquilino" e finalmente o Paulo Neto, que atordoou todo a assistência numa longuíssima comunicação com o tema: "Urgueiras, tojeiros e linhos: o impulso dos sentidos". E já eram 13H45...! Almoço retemperador e às 15H30 recomeçaram os trabalhos.