sexta-feira, julho 31, 2009
quarta-feira, julho 29, 2009
O fascínio...
... (fascinium) que é um malefício transmitido através do olhar, acordou-me com este "bonecro" do Convento de Tabosa. O vermelho vivo é cor da força, poder e brilho -- espirituais, evidentemente. É esta trindade que se nos transmite, ainda na penumbra, mal franqueamos aquele pórtico. Segue-se-lhe, colhida na surpresa do silêncio e na beleza da pedraria, que o tempo esculpiu em meta-ordenações assimétricas, uma espiritualidade, ali, da madre terra exalada, com paralelo apenas no planalto da Lapa. Creio que hoje é moderno falar em mística (assim ouvi um treinador de futebol falar da sua equipa...), mas eu entendo-a, ainda, como mistério, como aquilo que tem um significado escondido, topos de iniciação (musticos).
Convento de Nossa Senhora da Assunção, Tabosa (II)









segunda-feira, julho 27, 2009
O Renato...
Entrada de filetes de polvo com banana frita;
Canelones de vitela;
Soufflé de bacalhau;
Gelado de capuccino com natas;
Soufflé de banana;
Melão;
Queijo da Serra à colherada.
(alarves!)
Bebidas:
Água da mina;
Ice tea de manga e de limão;
Café caseiro.
(Ah! um velhísssimo drambuie para os/as ousado(a)s.)
domingo, julho 26, 2009
sexta-feira, julho 24, 2009
quinta-feira, julho 23, 2009
quarta-feira, julho 22, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
segunda-feira, julho 20, 2009
paulo neto e o sol...

domingo, julho 19, 2009
sábado, julho 18, 2009
anamorfia...
Olhemos a imagem desta pedra...
Wasser em al. é água; do germ. antigo wase terá derivado vaso, ou do lat. vas.
Comunicar é tornar comum, pôr em relação; com o mesmo étimo de comungar, associar-se a, participar; excomungar era pôr fora da comunidade, como no lat. cristão, communio, era uma comunidade de fiéis.
Este granítico vaso deixou de comunicar, tirado de sua função e local primários. Foi excomungado e de tão alterado/invertido, na sua forma/posição, anamorfisou-se.
A maior parte das pessoas auto-excomungam-se; alterando-se radicalmente, anamorfisam-se e tornam-se vasos (o corpo humano é um continente pleno de líquidos) não comunicantes, ou seres solitários.
Por isso, a imagem supra, podia ser substituída por uma imagem da minha pessoa, de pernas para o ar.
E continuaria a ser um vaso não comunicante.
A troca de fluidos entre dois seres humanos, aquele momento de fusão entre Hermes e Afrodite, é uma culminância de comunicação dos vasos...
Quando não há troca de fluidos, posso dizer, "não me vim", e vir é deslocar-se alguém ou alguma coisa em movimento na direcção do outro; chegar a determinado local; acompanhar alguém no seu trajecto; ir para junto de alguém...
Aquele(a) que não se vem afasta-se do outro(a); diverge do destino do outro(a).
Quando se vêm os dois, em simultâneo, atingem o extâse, átomo de tempo em que permanecem extácticos (ausentes de movimento/paralisados) e fundidos um no outro.
Dá-se a osmose, que é palavra de origem grega, com significado de impulso e quer dizer difusão de um solvente através de uma membrana semipermeável que separa duas soluções de concentrações moleculares diferentes; ou influência recíproca/interpenetrtação.
Porém, não deixará de soar estranho dizer a alguém: vamos difundir solventes através da tua membrana semipermeável?
(brincadeiras etimológicas)
sexta-feira, julho 17, 2009
Congresso de Literatura, "Voltar a Ler 3"


Os "rostos" das duas instituições organizadores do Congresso.
AMF e CSS.
quinta-feira, julho 16, 2009
quarta-feira, julho 15, 2009
terça-feira, julho 14, 2009
Tectos, Convento de Nª Sª da Assunção, Tabosa


Granjal


Um dos seus filhos legítimos, o Francisco Andrade foi treinador de sucesso da gloriosa Académica de Coimbra, durante anos.
Bom coração, o sr. Andrade, com a sua bigodaça camiliana, grisalha e amarelada do tabaco, era um mãos rôtas e tinha mesinhas para todas as maleitas. Sobretudo para as das mal-maridadas, que lá acorriam a tratar-se de suas enfermidades.
Lembro-me de o meu avô contar que estando lá um dia em amena cavaqueira, entrou uma moçoila trigueira e esbelta, de uma aldeola próxima. O sr. Andrade, mal erguendo os olhos para ela, numa costumeira rotina, mandou-a entrar para o "laboratório", onde havia um freudiano canapé. Sobressaltado, o meu avô reconheceu a moça e num salto reteve-o, quando já ia asinho e distraído atrás dela, calquinhando as alpercatas:
--"Essa não, Andrade, que é tua filha!"