sábado, dezembro 30, 2006
sexta-feira, dezembro 29, 2006
quarta-feira, dezembro 27, 2006
terça-feira, dezembro 26, 2006
segunda-feira, dezembro 25, 2006
quinta-feira, dezembro 21, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
terça-feira, dezembro 19, 2006
mal chamada
chamei-te em vão todo o estio
não poupei teu nome à noite
e no dia longe o levaram as aves
talvez teu nome não fosse a tua essência
nem se apoderasse de ti
e por tal teu ser não reverteu em mim sequer seu eco
e hoje que lavei teu ser do nome que não lhe era
nomeio-te saudade com que fiquei
ténue e imperecível
como um crepúsculo triunfante de outro estio
eras minha lei costumo e uso
e hoje sem nome
noutras leis costumes e usos
me engendro ausente
como tu
algures
mal chamada
domingo, dezembro 17, 2006
sábado, dezembro 16, 2006
pégaso
no pégaso de lazão tão fulvo galopas todo o vale
acamada pela erva brava dos lenteiros
a nudez indómita à natureza atónita rasga o ar
queda e pasma tentilhões e freme músculos alados
crinas de fogo no cabelo ruivo prolongadas
hasteiam na cauda chicotes de desdém
nada vês tudo se arreda lesto e no primo abismo cais
grácil arqueada em rubro laivo
com o infinito em colisão final
orfeu
1. não quero ser-te comum pela ordem. é na desordem sábia e vil que comunicamos.
2. quebrei a corda prima da lira buscando o som que adivinho mas nunca ouvi.
3. canto para mim. e transformar a atonia em sinfonia.
4. não há canto sem voz. a voz tem corpo. o corpo sofre. o canto que encanta.
5. gostava de te cantar o que queres ouvir...
6. e que esse cântico fosse de júbilo ou tristeza a teu bem-querer.
7. ninguém tem o cântico do leitor.
8. ninguém canta para ti leitor. canto por ti para mim.
9. busco um sinal que pressinto e ignoro em todas as palavras...
10. rolo-as na continuada exaustão da esperança.
11. talvez um dia me falem sem que mas digam.
12. o meu canto não é o teu canto. como encantar-te pois?
epílogo:
13. o meu canto é a minha desordem. que sabes tu da minha desordem?
2. quebrei a corda prima da lira buscando o som que adivinho mas nunca ouvi.
3. canto para mim. e transformar a atonia em sinfonia.
4. não há canto sem voz. a voz tem corpo. o corpo sofre. o canto que encanta.
5. gostava de te cantar o que queres ouvir...
6. e que esse cântico fosse de júbilo ou tristeza a teu bem-querer.
7. ninguém tem o cântico do leitor.
8. ninguém canta para ti leitor. canto por ti para mim.
9. busco um sinal que pressinto e ignoro em todas as palavras...
10. rolo-as na continuada exaustão da esperança.
11. talvez um dia me falem sem que mas digam.
12. o meu canto não é o teu canto. como encantar-te pois?
epílogo:
13. o meu canto é a minha desordem. que sabes tu da minha desordem?
NECESSÁRIA INFORMAÇÃO / Estatuto Editorial
O brevitas, (figurae per detractionem), busca (com presunção!) um ideal de estilo muito pessoal quanto à imagem, ao pensamento e à linguagem.
Todas as imagens, desenhos e/ou fotografias são da autoria de Paulo Neto.
A não ser(em), claramente se indicará a origem.
O mesmo para os textos.
Serão efectuadas algumas re-publicações já surgidas no anterior blog do autor "camerobscura", entretanto desaparecido, e em jornais, revistas e livros onde PN se escreveu.
Este lugar quer-se criativo, lúdico, recreativo, polémico, reflexivo...
Pretende, também, explorar o amplo campo da interacção texto grafado / fotografia / desenho.
As fotografias pelo autor "postadas" são feitas com máquina digital e, passadas ou não, pelo Photoshop.
Os desenhos, são originais do autor, "scanarizados" e "postados", ou desenhados no Paint e trabalhados, ou não, com filtros diversos.
Aceita-se colaboração que obedeça a esta linha.
Fica agora o auto-retrato do autor, tirando assim quase os 7 véus da Salomé (a primeira stripper da História), que o mesmo é dizer, tautologicamente, que o que refere não sugere.
E La Palisse assinaria de cruz!